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Inteligência artificial: última fronteira para o diagnóstico clínico se aproxima

Glasgow — A promessa de a inteligência artificial melhorar o processo de decisão clínica e de diagnóstico de vários tipos de câncer em estágio mais precoce desponta no horizonte, com alguns sucessos já vistos, mas ainda resta uma série de questões com implicações sociais e éticas, dizem os especialistas.

Durante uma sessão dedicada ao tema no National Cancer Research Institute (NCRI) Cancer Conference 2019 , o conceito de inteligência artificial e sua aplicação ao diagnóstico foi explorado por vários ângulos, com exemplos da vida real revelando o futuro do atendimento clínico, e um estudo mostrando que a tecnologia melhorou significativamente os índices de detecção do câncer.

Ainda resta um papel para os humanos

O otimismo, no entanto, foi fermentado com alertas sobre o valor dos sistemas de aprendizado de máquina ter a qualidade equivalente à dos dados utilizados, e a natureza incognoscível da criação dos algoritmos automatizados, o que pode ter consequências imprevisíveis se, como já é o caso, sistemas pouco testados forem utilizados em casos clínicos.

A Dra. Nicola Strickland, professora e médica radiologista consultora no Imperial College Healthcare NHS Trust, em Londres, que discutiu as implicações da inteligência artificial na radiologia, tranquilizou o público.

 

A médica disse que, "na verdade, ninguém está sugerindo que a inteligência artificial, o deep learning ou seja lá como você quiser chamar, irá de fato assumir o papel do humanos", mas, em vez disso, irá formar uma "simbiose" com os médicos para ajudá-los a se concentrar naquilo em que podem fazer mais diferença.

Dra. Nicola acrescentou: "Isso deve me liberar como radiologista para interagir mais com meus pacientes."

"O que os pacientes querem saber? Eles querem a interpretação do exame de imagem deles", mas a médica disse que algumas vezes ela está ocupada demais, fazendo laudos e biópsias, para ter tempo de ver os pacientes.

O Dr. Paul Brennan, palestrante clínico sênior e consultor honorário em neurocirurgia na University of Edinburgh, que também falou durante a sessão, sugeriu que é possível ficar obcecado pelas ideias que envolvem a inteligência artificial.

"Às vezes você está à toa, e pensa: Como eu sei o que sei? Quais são as evidências que tenho para o que eu sei? E você pode entrar em todos os tipos de círculos kafkianos a partir disso."

Para o Dr. Brennan, a inteligência artificial deve se concentrar em criar soluções e, a seguir, testar e validar essas soluções em uma população na vida real antes de começar tudo de novo, da estaca zero.

"O verdadeiro desafio para todos nós é sermos ágeis e, se pudermos fazer isso adaptando todas essas diferentes tecnologias, então tomara que isso traga progresso neste campo", disse o médico.

Fonte: medscape

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